25 de abril de 2024
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Geração de renda

Tacuru pode ser referência em MS, diz vereadora

Daiana cita agricultura familiar, APLs e economia criativa como opções de subsistência e inserção de mercado

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A 427km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai e cerca de 12 mil habitantes, Tacuru dispõe de condições diferenciadas que podem melhorar muito a sua presença no ranking do desenvolvimento social e econômico de Mato Grosso do Sul. Além de uma população laboriosa e hospitaleira, das boas condições climáticas e da localização estratégica num dos polos de ligação brasileira no Mercosul, o município possui potencial para alimentar diferentes segmentos da economia e oferecer mais oportunidades de inclusão social e economia a seu povo, além de dar novos motivadores de crescimento à cidade.

Com essa avaliação a vereadora Daiana Pedroti (PTdoB) vem mergulhando com redobrado interesse nas informações, pesquisas e relatórios sobre alternativas de geração de renda compatíveis com as características geoeconômicas e sociais de Tacuru. Agricultura familiar, Arranjos Produtivos Locais (APLs), modelos de economia criativa e sistemas cooperativos de comercialização e de produção constam da planilha de conhecimentos que ela vem montando para qualificar as ações propositivas de seu manato.

SOLUÇÕES - Daiana aposta em soluções locais simples e engenhosas para capacitar as populações de menor poder aquisitivo a construir seus próprios meios de geração de renda e até de emprego. “É impressionante como existem, no Brasil, programas, projetos e outros indutores publicos e privados que dão as receitas e até fornecem ferramentas básicas para fomentar negócios, sobretudo em escalas médias e pequenas, aproveitando recursos humanos e naturais da própria região”, pontua.

Segundo a vereadora, Tacuru pode tornar-se referência em Mato Groso do Sul se buscar as condições para aproveitar os potenciais que possui, tanto em recursos humanos como nas fontes de riquezas ofertadas pela natureza, a exemplo do solo propício a várias culturas e até das matérias-primas para pequenas indústrias de alimentos e até do artesanato. 

“É preciso despertar as aptidões, estimular a descoberta das vocações nas escolas e nos meios de convivência. E isto não é somente uma responsabilidade do poder publico. A sociedade organizada, as donas-de-casa, os estudantes, as famílias, enfim, todas as comunidades devem e precisar participar desse processo e tomarem conta ele, serem as suas próprias gestoras”, enfatiza.

Um dos exemplos das possibilidades de inclusão social e econômica apontadas por Daiana é a promissora realidade produtiva da agricultura familiar, ainda inexplorada inadequadamente e sem o suporte necessário para crescer e tornar-se forte. Tacuru possui três assentamentos de pequenos produtores rurais: “Vitória da Fronteira”, com 234 famílias; “Água Viva (270); e Santa Renata (35). A veredora mora no primeiro. As famílias já produzem mandioca descascada, queé comprada pela Prefeitura. As áreas podem produzir também em escala de subsistência e abastecimentolocal outrosalimentos, como a melancia, abóbora, bolachas caseiras e leite.

“É essencial que se organize o sistema de cooperativas, os modos de produção e também de comercialização. Mas é fundamental que esse processo tenha o apoio logístico e estrutural por parte dos governos municipal, estadual e federal”, defende. 

Para isso, Daiana considera indispensável a mobilização de todas as forças políticas e sociais. “Prefeitura, Câmara, associações, sindicatos, igrejas, juntos podemos criar e estabelecer uma dinâmica inovadora de desenvolvimento sustentável, que contemple as necessidades de subsistência do homem e capacite os seus meios produtivos para ingressar no mercado”, acredita. Para a vereadora, com essas alternativas de produção e diversidade na economia é possível, num primeiro momento, gerar renda e, mais adiante, com o aquecimento da cadeia produtiva, abrir vagas de trabalho”.