04 de maio de 2024
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Eleições 2018

Pesquisa: índices de Puccinelli geram fenômeno de resistência a desgastes

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Nenhuma pesquisa mediu ou conseguiu prever ainda até onde vai a sobrevida política e eleitoral do ex-governador André Puccinelli, pré-candidato do MDB na sucessão estadual. Porém, no cenário matemático de probabilidades sinalizadas em todas as pesquisas, sobretudo nas mais recentes, já é possível constatar que a resistência de sua candidatura surpreende tanto aos aliados como aos adversários.

Se já chegaram ao teto as taxas de rejeição e o tamanho do desgaste produzidos por sua prisão, o emedebista será protagonista de um fenômeno comparável ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo na cadeia há mais de 100 dias, o petista continua na dianteira das intenções de voto, inclusive com registro de crescimento em algumas regiões mais hostis à sua candidatura, como o próprio Mato Grosso do Sul e São Paulo. 

Entre Puccinelli e Lula existe ainda uma diferença pontual significativa: o ex-presidente já recebeu sentença condenatória em julgamento de colegiado e é quase certo que não terá sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral. O ex-governador, ao contrário, não tem qualquer condenação criminal e sequer foi lançado na condição de réu, embora  incluído em processos investigatórios.

Para avaliar com maior propriedade essas observações, é essencial recorrer aos números das pesquisas divulgadas este mês, as mais recentes. Na consulta aos eleitores divulgada pela Ranking Comunicação e Pesquisas, Puccinelli lidera na espontânea com 15,25%, tendo em seu encalço, na segunda posição, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com 13,50% e em terceiro o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), com 11,17% . Na estimulada, as taxas apontam empate técnico, com Puccineli obtendo a maior pontuação (27,17%), seguido por Azambuja (26,08%) e Odilon (24,58%).

A Ranking Comunicação e Pesquisa consultou 1.200 eleitores (as) a partir dos 16 anos de idade (52,10% do sexo feminino e 47,9% do sexo masculino) em 30 municípios no período de 14 a 19 deste mês (julho 2018). Os registros na Justiça Eleitoral são: MS-05306/2018 e BR-02443/2018. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro estimada é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos.

 Na quarta-feira passada, 25, o Instituto Digitop publicou amostragem na qual Puccinelli, em uma das simulações, a entrevista espontânea, aparece com 17% das intenções de voto, contra 14% de Odilon e 11% de Azambuja. Os indecisos somam 17%.   Realizada entre os dias 17 e 21 de julho com 600 eleitores e eleitoras de Campo Grande, a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o número 06958/2018. 

Enquanto as especulações dominam  cenário e trazem várias interrogações, não há dúvida sobre os direitos de o ex-governador ter seu nome homologado na Convenção do MDB e solicitar o registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral. A Executiva Regional e as principais lideranças emedebistas já anunciaram e reafirmaram que não há "Plano B" e que a candidatura de André