26 de abril de 2024
Campo Grande 32ºC

POLÍTICA

Em Campo Grande, Ciro Gomes chama Bolsonaro de "idiota" e "vagabundo"

Estou indignado que ninguém do governo, seja general ou ministro chegue para o Bolsonaro e diga ô, panaca para falar de bobagens... cala a boca, vai trabalhar vagabundo! , disse Ciro nesta manhã

A- A+

Cotado como um dos nomes que podem surpreender nas eleições presidenciais de 2022, o vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, chegou a Campo Grande na manhã de hoje, sexta-feira (16). Ele está na Capital sul-mato-grossense para ministrar palestra. Durante conversa com jornalistas ele criticou o governo de Jair Bolsonaro, classificando o presidente como “idiota”, “vagabundo” e pediu a militares e ministros do alto escalão do governo que façam Bolsonaro “parar de falar bobagens, constranger o país e que ele vá trabalhar”. 

“Ninguém do governo, seja general ou ministro chega para o Bolsonaro e diz ‘ô, panaca para falar de bobagens, você está gerando constrangimento, cala a boca, vai trabalhar vagabundo! ”, disse Ciro Gomes.

Ciro ministrará a palestra com tema “As reformas econômicas e sociais e a retomada do crescimento”, no Teatro Glauce Rocha na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ciro lembrou ainda que apenas uma medida feita pelo governo bolsonarista foi boa. “O resto é um desastre”, atacou.

A medida a que Ciro se refere é a transferência de lideranças de facções criminosas à unidade federais, retirando-os do sistema carcerário comum de São Paulo e Rio de Janeiro.

Ainda segundo o pedetista as declarações de Bolsonaro só atrapalham o país. “Todo dia o presidente cria problema com palavras vulgares e chulas, interferindo em processos eleitorais, como na Argentina”, salientou.

Também citou as declarações sobre a disputa entre China e Estados Unidos, em que Bolsonaro teria se declarado abertamente favorável aos argumentos americanos. Segundo ele, o Brasil poderia estreitar relações com a China, que poderia adquirir mais produtores agrícolas brasileiros.

Na lista de críticas, entrou também a assinatura, segundo ele às “pressas, sem ler porque é um idiota” que permite o boicote a produtos brasileiros por parte da união europeia. A cláusula denominada de princípio da precaução justifica o veto se estes países entenderem que o produto não é sustentável ambientalmente. Esse acordo foi assinado em julho de 2019.