25 de abril de 2024
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Assembléia deve aprovar CPI para INVESTIGAR governador por uso de grampo ilegais

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Em pleno ano eleitoral em que o atual chefe do Executivo Estadual, enfrenta dificuldades para reeleição e manter-se no cargo como governador, não fosse o fogo cerrado e a oposição ferrenha e marcante, que travam deputados e o Palácio Paiaguás, vem ai mais uma dor de cabeça para tirar o sono do Governador Pedro Taques (PSDB) e toda a sua bancada da Assembleia Legislativa, e que a  deputada Janaina Riva (MDB), apresentou nessa semana, requerimento criando a chamada CPI dos grampos ilegais, a criação tem 10 assinaturas.

A CPI tem o objetivo de investigar a influencia do Governador Pedro Taques, na chamada “Grampolândia Pantaneira”, descoberta através de investigações do Ministério Público Estadual, e após depoimentos dos principais operadores do esquema, entre eles o depoimento “bombástico” do Cabo PM Gerson Correa. “Ele era o chefe”, disse o operador do esquema,  ao ser inquirido diante da justiça, de quem era o chefe e dono dos grampos ilegais. A criação da CPI dos Grampos teria  o envolvimento direto do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, que segundo Gerson Correa  ordenou o esquema para monitorar os adversários políticos do então candidato ao Governo, em 2014, Pedro Taques. 

A “Grampolândia Pantaneira” teve seu inicio sob pretexto de investigar com a inclusão ilegal de números telefônicos, para apurar a participação de policiais em tráfico de drogas.

Durante a arapongagem segundo ainda revela as investigações, foi o próprio Paulo Taques quem teria financiado a compra da mala de escutas, para gravar os adversários políticos de Pedro Taques. 

O requerimento pedindo a instalação do procedimento de investigação, e que gerou muito debate ao ser apresentado no plenário, e feito pela Deputada Janaina Riva (MDB), teve outros pares acompanhando e assinado em baixo o pedido de investigação. São  eles; Além de Janaina Riva, assinaram o pedido de abertura de CPI os deputados Adalto de Freitas (Patri), Silvano Amaral (MDB), Zeca Viana (PDT), Alan Kardec (PDT), Valdir Barranco (PT), Zé Domingos Fraga (PSD), Wagner Ramos (PSD), Dilmar Dal Bosco (DEM) e Sebastião Rezende (PSC), que na ultima hora procurou a deputada para compartilhar da assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Muitos deputados dessa lista e que assinaram a CPI, eram freqüentadores assíduos do Palácio Paiaguás, mesmo assim assinaram o pedido. 

No ato de apresentação do requerimento houve muito debate político e bate boca em torno do tema, como faturamento para o governo, bem como triunfo para a bancada de oposição. Para o Governo a CPI pode ser instalada após o período eleitoral, uma vez que os parlamentares estariam ocupados com o processo, e quase não sobraria tempo para os trabalhos, “Ainda assim nós temos três CPI na casa, para nós a investigação tem que ser completa ampla,  geral e irrestrita Nós queremos a CPI ampla, que investigue todos os citados do Tribunal de Justiça, do Poder Judiciário, do Ministério Público, do Gaeco, delegados de polícia, policiais civis, policiais militares, e membros do Poder Legislativo. Todos, doa a quem doer. Nós apresentamos primeiro o requerimento com 10 assinaturas e queremos que seja seguida a ordem cronológica”, disse.”, disse o Deputado Wilson Santos ao concordar com a investigação. Mas a oposição trabalha no campo contrário, e quer a instalação em 24 horas após a aprovação dela em plenário. O vice-líder do Governo Deputado Wilson Santos (PSDB), apresentou um requerimento de CPI que investigaria interceptações telefônicas a partir de 2011, e não a partir de 2014, e já teria oito assinaturas para abertura da CPI. 

O clima chegou a esquentar no plenário da casa, quando a Deputada Janaina Riva (MDB), classificou como “malandragem”, a tentativa de modificar o objeto de investigação. “Senhor presidente, agir democraticamente pelo regimento interno eu concordo. Agir com malandragem é outra coisa. O senhor estava ao meu lado quando recebemos o requerimento de autoria do deputado Wilson Santos sem assinatura alguma", disse Janaina.