24 de abril de 2024
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GOVERNO BOLSONARO

Humilhado por Trump, Bolsonaro apela para que não aumente taxas ao Brasil

Subordinado, Governo brasileiro se faz refém dos americanos

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Mesmo tendo “canal aberto com Trump”, Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, disse nessa manhã (02), após saber sobre postagem do presidente americano, Donald Trump: "que vai proteger os fazendeiros americanos e aumentar tarifas ao Brasil e Argentina", que precisa pedir ‘benção’ ao seu guru, ministro da Economia, Paulo Guedes, só depois irá dar resposta a retaliação direta do governo americano.   

"Brasil e Argentina estão promovendo desvalorização em massa de suas moedas, algo ruim para os nossos fazendeiros. Portanto, tendo efeito imediato, vou restaurar as tarifas sobre aço e alumínio que são importados aos Estados Unidos desses países", escreveu o mandatário americano no Twitter.

Trump também cobrou que o Banco Central dos Estados Unidos adote medidas para evitar que países "tirem vantagens de nosso dólar forte". "Isso torna as coisas muito difíceis para nossos fabricantes e fazendeiros exportarem seus bens", afirmou.

"Se for o caso, ligo para o Trump. Eu tenho um canal aberto com ele", disse o líder brasileiro.

Agora há pouco, em entrevista à Rádio Itatiaia, Bolsonaro disse não considerar a ameaça de Trump como uma "retaliação", mas reconheceu que ela fortalece o discurso dos partidos de oposição contra o seu governo.

"Primeiro, é munição para o pessoal opositor meu no Brasil", disse. "A economia deles não se compara com a nossa, dezenas de vezes maior que a nossa. E não vejo isso como uma retaliação", acrescentou.

Bolsonaro acrescentou que conversará com Trump para que ele não penalize o Brasil também na questão do alumínio e disse ter "quase certeza" de que o presidente norte-americano atenderá ao pedido brasileiro. 

A humilhação e subordinação do governo brasileiro ao Estado americano é tanta, que Bolsonaro se nega a acreditar que Trump não se interessa pelas pautas e não enxerga sequer os problemas enfrentados pelo Brasil. 

"A alegação dele é a questão das commodities. A nossa economia basicamente vem dos commodities. É o que nós temos e espero que tenha o entendimento dele que não nos penalize no tocante a isso", disse. "E tenho certeza, tenho quase certeza que ele vai nos atender", apelou Bolsonaro.

O presidente disse ainda que a elevação do dólar tem relação com conflitos externos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a instabilidade política em países da América do Sul. "O mundo todo está conectado e dependemos em grande parte do mundo estar indo bem para nós irmos bem", alegou.

VEJA A POSTAGEM DO PRESIDENTE AMERICANO  

 

 

 

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