28 de março de 2024
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POLÊMICA

Gestão de saúde desastrosa em Corumbá deixa população indignada

Servidores de posto interrompem atendimento para fazer festinha reservada com bolo e refrigerantes

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Além das denúncias que apontam transações suspeitas envolvendo uso de dinheiro publico em contratos da Prefeitura e a mancha imoral causada pela nomeação de familiares de primeiro e de segundo graus (esposa e irmão), o prefeito corumbaense Marcelo Iunes (PSDB) tem novas ocorrências em várias áreas de sua administração apontando a negligência, o descaso ou a incompetência do gestor.

Na segunda-eira, 3, dia de grande mobilização e pacientes do SUS por causa da vacinação contra a gripe, a grande fila que se formou no posto de saúde do Bairro Kadiweu foi submetida a uma humilhante e prolongada sessão de espera – o atendimento foi interrompido pelos servidores para uma comemoração com bolo, salgadinhos e refrigerantes no recinto. Quem estava na fila era obrigado a pegar a senha e aguardar.

“A gente está aqui desde às sete horas, pegando senha esperando”, reclamou uma moradora do bairro. A sala de vacinação ficou vazia durante o tempo que durou a festinha. Crianças, idosos e mulheres grávidas, os grupos mais vulneráveis, sofreram a tortura de esperar por uma atenção simples e que deveria ser a maior prioridade do posto e de seus responsáveis. 

VEJA O VÍDEO:

Era o primeiro dia de liberação da vacina. Uma das pacientes filmou o triste espetáculo e registrou salas vazias enquanto os funcionários celebravam em uma sala decorada para a ocasião.  A enuncia deixou indignada a população e chegou à Câmara de Vereadores. Ao tempo em que se cobrava providências imediatas e responsabilização dos culpados, a prefeitura, por meio da secretaria de Saúde, desculpava-se pelo acontecido e garantia que o comportamento dos servidores não condizia com os princípios da administração municipal.

No entanto, e levando em conta as explicações e a posição da Secretaria Municipal de Saúde, a população de Corumbá não deixa de indignar-se e de estranhar-se com a falta de posição efetiva do prefeito para impedir que tais fatos aconteçam. Os servidores que agiram assim não obedecem a um comando firme e rigoroso e não têm a disciplina necessária para cumprir papel tão essencial que é cuidar com zelo e prioridade da saúde e da vida das pessoas.