A segunda maior economia do planeta afetada pelo coronavírus na China começa a afetar o mercado. Assolado pelo vírus que já matou mais de 400 pessoas a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Nessa quinta-feira (6), o Banco do Brasil derrubou mais uma vez a taxa Selic (taxa básica de juros da economia no Brasil), calculada a partir da taxa média ponderada dos juros praticados pelas instituições financeiras.
O mercado segurou a taxa em 4,50% ao ano, a mais baixa da história, caiu para 4,25%. É o quinto corte após um período de estabilidade que durou 16 meses. Quando descontada a inflação, o Brasil passa a um juro real de 0,91% — é a nona menor no ranking da Infinity Asset. Uma das preocupações que movem o BC é uma contração econômica global devido ao coronavírus.
Não só a taxa caiu, segundo economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) no brasileiro também deve cair. O banco suíço UBS reviu de 2,5% para 2,1%. Enquanto a pesquisa Focus do BC aposta 2,3%.
Segundo comunicou o Banco Central, a inflação brasileira, uma das maiores do mundo seja sobre produtos ou serviço, tem expectativas de baixas até 2022, mas no mesmo comunicado o BC diz que o atual nível de juros possa “elevar a trajetória da inflação acima do esperado”.
Ainda segundo o BC, dados recentes mostram ‘a continuidade do processo de recuperação da economia’. No entanto, no mesmo comunicado um pouco mais adiante o banco diz que ‘o nível de ociosidade elevado’ pode levar a um crescimento abaixo do esperado. O BC orientou ainda, que é preciso continuar as reformas e perseverar no ajuste fiscal.
Se o Selic é pequeno, naturalmente os investimentos são maiores em migração para bolsa, segundo explica economistas.
A jornalista Mírian Leitão, do O Globo, disse que o BC está confuso diante da atual situação.
*Fonte: Meio.