29 de março de 2024
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Venezuela explode: fitas azuis até a vitória ou a derrota final?

Guaidó faz movimento audacioso, insurreição militar contra o regime de Maduro por enquanto parece isolada e tudo está sendo jogado nesse momento

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“A hora é agora”, disse Juan Guaidó, parecendo extraordinariamente no controle.

A seu lado, Leopoldo López, mentor original, tirado da prisão domiciliar pelos próprios agentes da polícia política que o guardavam e colocado, com expressão séria, no centro da fogueira dos acontecimentos.

Tudo mais era caos. As fitas azuis amarradas no braço dos militares que se declararam a favor dele e contra o regime de Nicolás Maduro pareciam quase perdidos, montando uma linha de resistência num viaduto de Caracas perto da base aérea de La Carlota, o marco zero da insurreição.

Blindados do Exército atropelaram várias pessoas na região, num retrato chocante do desequilíbrio de forças.

Quando os fitas azuis apareceram no meio do povo gritando “Liberdade”, na avenida Francisco Miranda, os poucos rebelados criaram um símbolo poderoso. Um blindado carregado de fardados sendo aplaudidos por venezuelanos comuns.

O homem que pode mudar o rumo de tudo, Vladimir Padrino, o general mais alto do escalão militar, declarou fidelidade ao regime ao qual está ligado umbilicalmente pela ficha suja. Os “atos de violência” haviam sido “parcialmente derrotados”.

O corte do sinal de televisões e redes sociais não indicava muita segurança das forças maduristas.

A propaganda habitual não causou surpresa. Disse o representante do regime na ONU, Jorge Valero,  o governo americano “usou a CIA [ara comprar militares do alto comando e fracassou, só conseguiu recrutar pequenos núcleos militares de baixa hierarquia sem nenhuma influência na estrutura de comando”.