25 de abril de 2024
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Reforma trabalhista fracassa e não gera novos empregos desde 2017, diz sindicalistas

“Pelo contrário, o desemprego continua em crescimento nos Estados”, diz José Lucas da Silva, presidente da Feintramag

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A reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro do ano passado em atendimento aos anseios do empresariado brasileiro, não surtiu os efeitos esperados de aquecer a economia, retomar o desenvolvimento e recuperação dos milhares de empregos que foram perdidos ao longo dos últimos anos por conta principalmente da má gestão pública do país. “Pelo contrário, o desemprego continua em crescimento nos Estados”, avalia  José Lucas da Silva, presidente da Feintramag MS/MT (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de MS e MT).

O sindicalista, que preside também a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) em Mato Grosso do Sul disse que tanto a reforma trabalhista como a terceirização, pelo tanto que os empresários queriam, já deveriam estar produzindo elevados efeitos positivos na economia nacional, com a geração de emprego e renda no comércio, indústria e serviços.

“Já estamos há mais de seis meses com o  vigor dessas reformas e até agora não vimos seus efeitos na recuperação de emprego de nossa gente que continua desempregada e a economia nacional deixando muito a desejar”, criticou José Lucas

Tanto a reforma trabalhista como a terceirização, na opinião do sindicalista, são grandemente prejudiciais apenas para os trabalhadores que perderam vários e importantes direitos garantidos pela CLT. “Além disso, tirou a estabilidade no emprego; direitos duramente conquistados e a terceirização, por exemplo, acabou com o sonho de plano de carreira nas empresas”, afirma o presidente da CSB/MS.

Diante desse quadro crítico da economia nacional em que mesmo com as reformas que os empresários tanto queriam para poder gerar emprego e renda e que não estão acontecendo, José Lucas da Silva sugere que não só as entidades de classe mas também os próprios trabalhadores cobrem dos candidatos a cargos públicos nas eleições deste ano, para que assumam, de fato, compromissos com a classe trabalhadora, que é maioria no país, para que sejam eleitos apenas aqueles ouvem e respeitam a vontade do povo.

“As pessoas precisam ficar mais atentas e amadurecer como eleitores e impedir que pessoas que não respeitam os reais interesses dos trabalhadores sejam eleitas e reeleitas como acontece hoje. As pessoas precisam se informar melhor sobre quem realmente são os candidatos para as eleições deste ano”, afirma o sindicalista.

Cortar na carne

O fato dos três poderes (Legislativo, executivo e judiciário) brasileiros não tomarem nenhuma atitude de economia interna diante da pior crise que o país atravessa há mais de ano, mereceu duras críticas do sindicalista. Na opinião dele, os elevados números de assessores nos gabinetes de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores e, da mesma forma no executivo (nos três níveis de governo) e judiciário (em todas as instâncias) deveriam ser reduzidos para diminuir gastos.

“É inconcebível para qualquer cidadão brasileiro lutar de todas as formas para se sobressair dessa grande crise econômica que atravessamos e, ao mesmo tempo, assistir a inércia dos poderes em cortar a própria carne para contribuir para que tenhamos menos gastos com a máquina pública e mais investimento em saúde, educação e infraestrutura. (Com assessoria).