25 de abril de 2024
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MEIO AMBIENTE

Greve pelo clima leva pessoas para as ruas em 150 países

"Faltamos aula para ensinar vocês", diz mensagem de aluno em greve pelo clima

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Pedindo ações concretas para frear o aquecimento global e o sol de “derreter” em todo planeta, cerca de 150 países, marcham nessa sexta-feira (20), em manifesto intitulado greve global pelo clima.

As entidades de defesa de meio ambiente, pessoas preocupadas e até mesmo curiosos que não aguentam tanto calor, se juntam nessa data que deve entrar para o livro da história da humanidade, isso porquê as manifestações ocorrem um dia antes da Cúpula pelo Clima, da Organização das Nações Unidas, que começa amanhã (21) e segue até 23 de setembro, em Nova York. 

A greve pelo clima teve início em 2018, por meio da sueca de 16 anos Greta Thurberg, que criou o “Fridays For Future”, em que ela faltava as aulas para manifestar pelo clima, iniciativa rendeu a ela indicações ao Prêmio Nobel da Paz e detonou o movimento por todo o planeta, no Brasil, segundo o G1, ao menos duas manifestações tiveram repercussão, uma em março outra em maio desse ano. 

Grandes personalidades demonstraram apoio ao movimento, a figura de grande representatividade espiritual tibetana, Dalai Lama, disse no Twitter. 

"Esta é provavelmente a geração mais jovem que tem sérias preocupações com a crise climática e seus efeitos no meio ambiente. Eles estão sendo muito realistas sobre o futuro. Eles veem que precisamos ouvir os cientistas. Nós devemos encorajá-los.", afirmou.

O primeiro evento registrado pelo clima aconteceu nas ilhas Vanuatu, Salomão e Kiribati, territórios ameaçados pela elevação do nível do mar devido ao aquecimento climático.

No movimento de hoje, o povo australiano, cerca de 300 mil de ao menos 100 cidades foram as ruas, informou a CNN.

Na Alemanha, a manifestação atraiu cerca de 80 mil pessoas, segundo os organizadores. Manifestantes subiram sobre blocos de gelo embaixo de uma forca improvisada para alertar sobre os riscos do aquecimento global.

Greve pelo Clima: Na Alemanha, ativistas sobem em blocos de gelo sob forca improvisada em frente ao portão de Brandemburgo, em Berlim, Alemanha, para alertar sobre os riscos do aquecimento global — Foto: Fabrizio Bensch/Reuters. 

O protesto ocorreu em frente ao portão de Brandemburgo, em Berlim.

De acordo com a AFP, nesta sexta os partidos da coalizão do governo da Angela Merkel chegaram a um acordo sobre a estratégia climática, que inclui medidas para diminuir as emissões de gás carbônico e uma verificação anual das taxas.

A AFP informou que estão previstos investimentos de pelo menos 100 bilhões de euros até 2030. Paralelamente, pretende-se acelerar o desenvolvimento de energias limpas (solar, eólica ou biomassa), subindo a 65% em 2030 contra 40% atualmente.

ÍNDIA, INGLATERRA, POLÔNIA

Indiano, cerca de 3,5 mil deles foram mortos por calor em 2015, em território indiano e no Paquistão. Hoje, milhares de pessoas foras as ruas usando máscaras e cartazes, na cidade de Guwahati.  

Greve pelo Clima: Na Índia, manifestantes saíram às ruas de Guwahati empunhando cartazes e usando máscaras de oxigênio para alertar sobre os riscos da poluição ambiental e do aquecimento global. Foto: Biju Boro/AFP.  

Já ingleses estudantes empunharam cartazes em Londres com mensagens contra políticos e em apoio à greve. "Estamos perdendo aulas para te ensinar uma lição", dizia o cartaz de uma das jovens manifestantes.

Greve pelo Clima: Em Londres, na Inglaterra, manifestantes empunham cartazes com frases como "estamos perdendo aulas para te ensinar uma lição". Hannah McKay/Reuters. 

Os poloneses fizeram performance enrolados em plásticos para criticar o consumo e a ameaça que o atual modo de vida representa à natureza. O protesto ocorreu na capital do país, Varsóvia. Também houve registro de manifestação em Lodz, terceira maior cidade polonesa, e em Poznan.

Greve pelo clima: Na Polônia, ativistas fizeram uma performance enrolados em plásticos para criticar o consumo. A manifestação foi na Varsóvia, nesta sexta (20). Foto: Maciek Jazwiecki/Agencja Gazeta via Reuters. 

A IDEALIZADORA

 

Ontem, quinta-feira (19), Greta Thurberg divulgou vídeo em suas redes sociais convocando as manifestações. "É manhã no Pacífico. Em breve o sol nascerá na sexta-feira, 20 de setembro de 2019. Boa sorte Austrália, Filipinas, Japão e todas as nações das Ilhas do Pacífico. Vocês vão primeiro! Agora mostre o caminho! Boa manifestação!", escreveu.

Nestas ilhas, as crianças e jovens estudantes cantaram "não estamos fugindo, estamos lutando", informou a France Presse.

"Estamos aqui para mandar uma mensagem aos poderosos, aos políticos, para lhes mostrar que estamos preocupados e que isto é realmente importante para nós", disse à AFP Will Connor, um jovem de 16 anos de Sidney.

Fonte: *G1