28 de março de 2024
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ELEIÇÕES 2020

Dourados, Corumbá e Sidrolândia reforçam otimismo do MDB

Pesquisas e reabilitação de direitos políticos abrem caminho para nomes competitivos do partido

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Depois de eleger 17 prefeitos e 115 vereadores nas eleições municipais de 2016, elenco que sofreu baixas por causa dos troca-troca partidários, o MDB prepara a sua arrancada para a revitalização política e representativa em Mato Grosso do Sul. Embora não esteja alinhado na condição de pré-candidato a prefeito, o ex-governador André Puccinelli já vem fomentando com renovado ânimo nos municípios a abertura dos processos de debate, mobilização e organização das estratégias eleitorais.

Além de recuperar-se das perdas, o MDB quer ampliar o número de prefeitos, vices e vereadores. Puccinelli está confiante na resposta das urnas. Nas últimas semanas boas notícias alimentaram esta chama, principalmente com a divulgação de pesquisas sobre intenção de votos em cidades-pólo como Dourados e Corumbá, além de uma decisão do Tribunal de Contas (TCE/MS) que abre os horizontes para a candidatura do ex-prefeito Daltro Fiúza, de Sidrolândia.

Em Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado, um levantamento feito pela Ranking Comunicação e Pesquisas de 14 a 20 de julho com 900 pessoas constatou que o deputado estadual emedebista Renato Câmara se consolidou entre as principais opções do eleitor para a sucessão da prefeita Délia Razuk (sem partido).

Na espontânea, Renato Câmara estava em terceiro, com 4,88%. Em primeiro, o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) aparecia com 13,11%, e em segundo, tecnicamente empatada com Câmara, a prefeita Délia Razuk, que tinha 5,44%. Na consulta estimulada a pesquisa registrou 8,77% de intenções de voto pró-Renato Câmara, enquanto Marçal chegou a 24,77% e Délia a 9,33%.  

CORUMBÁ

Na quarta maior base eleitoral do Estado, a disputa pela Prefeitura tende a cair na polarização entre o prefeito Marcelo Iunes (PSDB), que tentará e reeleger, e um candidato do MDB, que tem duas alternativas à mão, o ex-prefeito Paulo Duarte e o vereador Dr Gabriel Souza. Com as manifestações de 403 eleitores ouvidos nos dias sete e oito de agosto passado, o Instituto IPR apurou que Duarte lidera as intenções de voto na consulta estimulada, com 25,2%, deixando Iunes em segundo lugar (18,06%), tecnicamente empatado com a deputada federal Bia Cavassa (18,01%) e Dr Gabriel em seus calcanhares (15,02%). Com razoável cotação apareceu ainda o engenheiro Elano Almeida (PSL), com  7,1%.

 Vereador Dr Gabriel, de Corumbáriel, de Corumbá a esquerda, Paulo Duarte a direita.  Foto: Reprodução 

Na tabela de rejeição, e num quadro de empate técnico, Iunes lidera o ranking dos candidatos nos quais os eleitores afirmaram não votar de jeito algum. Sua pontuação ficou em 16%, dois pontos apenas acima de Duarte, que teve 14% de citações. Também técnicamente empatados, Elao (4,9%) e Bia (4,6%) ocupavam as posições seguintes. E por fim entra em cena um outro motivo de otimismo para o MDB: com apenas 0,7%, Dr Gabriel é o de menor rejeição. Além disso, ele também foi considerado o vereador mais atuante, com 4,6% das citações dos entrevistados.

 Na pesquisa espontânea, quem aparece em primeiro lugar é o prefeito Marcelo Iunes, com 9,3% dos votos, seguido de Paulo Duarte com 6,8%, empatados, portanto, dentro da margem de erros. A deputada Bia Cavassa aparece em terceiro com 1,9% das intenções de votos espontâneas e todos os demais nomes citados ficaram na casa de 1% ou abaixo dela, portanto sem maior expressão.

SIDROLÂNDIA 

Daltro Fiúza e André Puccinelli. Foto: Divulgação 

O peso de pendências judiciais engessou a caminhada política e eleitoral do ex-prefeito Daltro Fiúza, por causa de contas reprovadas de sua última gestão. Em maio, a Câmara de Vereadores manteve a decisão do Tribunal de Contas e rejeitou o balanço contábil e Fiúza, tornando-o inelegível. Todavia, dois meses depois o conselheiro Osmar Domingos Jeronymo acolheu um pedido de revisão da sentença do TCE que condenava o ex-prefeito e tinha sido ratificada pela Câmara.

O processo (TC/6288/2915) se arrasta há anos, desde que o TCE reprovou a contratação de servidores em caráter temporário na gestão de Fiúza. A sentença, que culminou com a suspensão de seus direitos políticos, foi reiterada em 18 de junho deste ano com o voto do conselheiro Flávio Kayatt. Mas foi suspensa 40 dias depois. O conselheiro e relator do processo, Osmar Jeronymo,  anulou a decisão da Câmara, rescindindo o ato condenatório e chamando novo julgamento.  

Com isso, o MDB vislumbra a chance tão sonhada de fazer Daltro Fiúza seu candidato para disputar em 2020. Se vencer a eleição, ele vai administrar Sidrolândia pela quinta vez – a primeira foi a partir de 1974. E é surpreendente a força popular que conserva e amplia nestes 45 anos, conforme demonstram sucessivas pesquisas em cada eleição naquele município.

Esta realidade foi comprovada recentemente pelo Instituto Ranking de Pesquisas, ao consultar as intenções de voto entrevistando 300 sidrolandenses nos dias 26 e 27 de agosto. Na espontânea, Daltro Fiúza é o primeiro, com 11,66%, seguido pelo ex-prefeito Enelvo Felini (7,33%). Lúcio Basso tem 5%. Depois aparecem o prefeito e pré-candidato à reeleição Marcelo Áscoli (4%), Adílson Britto (3,33%), Dr Kennedy (2,33%), Waldemar Acosta (2%), Wellisson Amarelo (1,33%) e outros tiveram 1%, enquanto os que pretendem votar em branco, anular o voto ou estão indecisos somam  62,2%.

Daltro Fiúza é o líder também na estimulada. Tem 20,66% contra 14,33% de Enelvo, 1% de Lúcio Basso, 7% de Marcelo Áscoli, 4,66% de Dr Kennedy, 3% de Brito, 2,66% de Acosta, 2% de Amarelo e 1,66% de Pedro da sindicon. Os brancos, nulos e indecisos são 34,03%. O intervalo de confiança é de 95% e margem máxima de erro de 4.5 pontos percentuais para mais ou para menos.