28 de março de 2024
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Kauan Andrade

Um mês de desaparecimento e cinco dias de procura pelo corpo de Kauan

"Segue busca pelo corpo do garoto em córrego Anhanduí."

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 Hoje, terça-feira (25) completa um mês de desaparecimento, e 5 dias de buscas no Córrego Anhanduí pelo menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, já se cogita a possibilidade de que o caso seja encerrado mesmo sem a localização do corpo, que teria sido jogado no local pelo suspeito de estuprar e matar o menino com a ajuda de um adolescente de 14 anos. Nesta situação o inquérito seria encerrado na situação de crime sem cadáver.

Policiais já refizeram o percurso que o menino teria feito na noite do desaparecimento, em 25 de junho, e não há vestígios ou imagens de câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações. Enquanto isso, o depoimento do adolescente, que apontou um professor de 38 anos de idade como autor do suposto estupro, assassinato e ocultação do cadáver, conduz as linhas de investigação.

O homem foi preso na última sexta-feira (20) e vestígios de sangue foram encontrados na residência e no porta-malas do carro dele. Todo o material foi levado para análise e pode resultar em prova do crime. Na residência também foi localizado material pornográfico no computador.

O acusado pelo crime nega que tenha cometido o estupro e o assassinato do menino, como também abusos de outras vítimas cujos indícios foram encontrados nas investigações. A possível localização do corpo e como o crime foi planejado e executado foi informado pelo adolescente de 14 anos, que acabou apreendido.

Há cinco dias ocorrem buscas no córrego Anhanduí pelo corpo do garoto, que desapareceu no Coophavila próximo a uma lanchonete onde ele cuidava de carros na região. A época de seu desaparecimento há um mês, um mototaxista chegou a vê-lo com outros meninos ameaçando chamar o Conselho Tutelar, o que fez com que os outros garotos fossem embora, mas ele resolveu permanecer no local e ai começou o desespero da família de Kauan.

Kauan teria sido estuprado até a morte na residência do suspeito e depois colocado no porta-malas do carro e com o auxílio do adolescente jogado no Córrego Anhanduí, em Campo Grande.

No domingo (23), a casa do suspeito foi incendiada por vizinhos que ficaram revoltados com o crime. O imóvel estava com as janelas quebradas, a porta arrombada, mas sem grandes danos causados pelo princípio de incêndio, que logo foi controlado pelos militares.

Autônomo em revenda de celulares, o suspeito se apresentava como professor para ganhar a confiança das vítimas e as levar para sua casa. Vizinhos lembraram que o local era sempre movimentado e ‘vivia cheio de crianças e adolescente’, mas não o suficiente para despertar a desconfiança dos moradores.