29 de março de 2024
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OPERAÇÃO FANTOCHE

Quebra de sigilo: juiz bloqueia bens de Sérgio Longen

A secretaria do TCU em Mato Grosso do Sul começou a agir no processo administrativo em 12 de dezembro

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Na decisão que autorizou a operação Fantoche, a Justiça Federal determinou a quebra do sigilo e bloqueio de bens do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Marcolino Longen, responsável pelo grupo dos nove "S", no entanto a Polícia Federal (PF), mira o Serviço Social da Indústria (Sesi), na Capital, o alvo fica na Casa da Indústria, na Afonso Pena, bairro Amambaí, local onde a PF ficou por cerca de três horas nesta terça-feira (19). 

A determinação é juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, substituto na 4ª Vara da Justiça Federal do Recife (Pernambuco), que além de Longen, investiga outros 35 suspeitos, dentre pessoas físicas e empresas. 

Também estão nesta lista institutos que tiveram contratos executados com o Sesi em Mato Grosso do Sul: Instituto Origami, Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania e Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB).

Ao todo 24 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, que terão bloqueio de até R$ 400 milhões, valor calculado do prejuízo.

Segundo levantou a investigação, os projetos contratados com o Departamento Nacional do Sesi com os respectivos departamentos regionais dos Estados de Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Paraíba apenas entre os anos de 2010 a 2017 custaram mais de R$ 260 milhões.

No entanto, o valor pode alcançar R$ 400 milhões se somadas às contratações firmadas com o Sesi entre 2002 e 2009 e os convênios com o Ministério do Turismo, pactuados pelo Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, mas cuja real executora foi a Aliança Comunicação e Cultura Ltda. Parte do documento foi vínculado a um blogue, no jornal Estadão. 

ALUGADO

Após buscas no antigo endereço de Longen, na rua Jintoku Minei, bairro Royal Park, o presidente afirmou em coletiva nesta terça-feira, desconhecer o porque tais buscas estariam sendo feiras naquele lugar, já que segundo ele, não mora mais lá há aproximados dois anos. Longen, disse ainda, o apartamento pertence à ex-mulher dele e está alugado há anos. 

Na coletiva, o presidente afirmou, que foram recolhidas informações sobre projetos desenvolvidos entre 2010 e 2014: quatro projetos do “Cine Sesi”, que foi realizado em mais de 60 municípios de MS; dois projetos “Na Ponta da Língua”, esse dividido em duas etapas, em primeiro momento atendeu 47 cidades e depois 36; outros dois projetos do Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito), com público aproximado de 44,5 mil pessoas, esse realizado na Capital.  

Segundo Longen,100% dos projetos foram licitados e executados na totalidade, com acompanhamento da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). (Com CG News).