19 de abril de 2024
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Boeing

Reino Unido e mais 5 países proíbem voos com Boeing que caiu na Etiópia

Ao menos sete países já tomaram medidas para proibir voos com o modelo

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O Reino Unido anunciou nesta terça (12) que proibiu voos com o Boeing 737 MAX de decolarem, pousarem ou circularem em seu espaço aéreo. 

Com isso, ao menos sete países já tomaram medidas para proibir voos com o modelo. Além do Reino Unido, Malásia, Austrália, Cingapura e Omã também proibiram o uso do 737 MAX em seu espaço aéreo. Na segunda (11), China e Indonésia determinaram às empresas que operam em seus países para deixar de utilizá-lo.

O modelo esteve envolvido em dois acidentes nos últimos cinco meses. O último deles, no domingo (10), matou 157 pessoas na Etiópia. Outro, em outubro, deixou 189 mortos na Indonésia.

"A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido tem monitorado a situação de perto. No entanto, enquanto não temos informações suficientes, como medida de precaução, emitimos instruções para impedir que qualquer voo comercial de passageiros de qualquer operadora possa pousar, decolar ou sobrevoar o espaço aéreo do Reino Unido", disse um comunicado da entidade. "Esta diretiva será válida até um novo aviso".

No Brasil, pousos, decolagens e sobrevoos do 737 MAX seguem liberados. A Gol, única empresa nacional que possui unidades do modelo, anunciou na noite de segunda que deixará de utilizá-los temporariamente.

Ao todo, ao menos 25 companhias aéreas decidiram parar de voar com o 737 MAX, segundo levantamento do jornal The New York Times. Após o acidente de domingo, passageiros publicaram questionamentos em redes sociais sobre a segurança da aeronave. 

De acordo com a revista técnica Flightglobal, cerca de 40% dos 737 MAX em operação no mundo foram retirados de circulação pelos bloqueios temporários. 

Entre as empresas que pararam de usar o 737 MAX, estão Gol (Brasil), Aerolíneas Argentinas, Aeromexico, Air China, TUI (Alemanha), Eastar Jet (Coreia do Sul), Norwegian Air (Noruega) e Royal Air Maroc (Marrocos).

A autoridade de aviação dos EUA (FAA) emitiu na segunda uma notificação que autoriza as operadoras a seguir com o uso do 737 MAX. Com isso, empresas como American Airlines e Southwest mantêm as unidades deste avião em sua frota. 

Seguem usando o modelo as companhias American Airlines, Air Canada, Turkish Airlines, Icelandair e Southwest.

A Boeing disse que está trabalhando com a FAA desde o acidente na Indonésia, em outubro, para melhorar o software de controle, e que a atualização deve ser entregue nas próximas semanas.

O MAX é a quarta geração do Boeing 737, que foi lançado em 1967 e se tornou o avião comercial mais vendido do mundo. 

O modelo é oferecido em quatro tamanhos, 7, 8, 9 e 10, sendo que o 8 teve maior procura. Desde o lançamento, em 2017, foram encomendadas mais de 5.000 unidades do 737 MAX, de acordo com a agência Bloomberg. 

Uma aeronave 737 MAX 8 custa em média US$ 121,6 milhões (R$ 467,9 milhões), segundo a Boeing. Esta foi a versão envolvida nos dois acidentes. 

 
Na comparação com as versões anteriores, o MAX tem motores maiores, automação de mais itens e capacidade de voar distâncias maiores (até 6.570 km),

O avião também consome menos combustível: segundo a Boeing, e gasta 13% menos na comparação com outras aeronaves atuais de porte similar, com apenas um corredor interno. A empresa também diz que a aeronave é 40% mais silenciosa.