20 de abril de 2024
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Posse de arma

Para lojistas, ampliação da posse de arma em área rural pode aumentar vendas

Projeto de Lei foi sancionado nesta terça-feira (17)

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Para os lojistas de Campo Grande, especializados em arma, a aprovação do PL (Projeto de Lei) que amplia a posse de arma dentro das propriedades rurais deve aumentar a procura no comércio, já que com os anúncios e falas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) acabam sendo uma propaganda principalmente para quem não sabia que podia ter uma arma.

De acordo com Antônio Aramiz Saldanha, comerciante, a notícia da assinatura do PL já aumentou a procura e a expectativa é que fique ainda maior, já que o produtor agora sabe que pode ter uma arma. “Muitos agricultores, assentados, sitiante, chacareiro, eles nem sabiam que podiam ter uma arma, o presidente trazer esse assunto para a mídia impulsiona o comércio”, disse.

“Muitos deles acreditavam que era ilegal portar a arma, ainda mais na extensão da propriedade, mas agora sabendo que podem eles vêm procurar. E não importa o tamanho da área. Muita gente do interior tem procurado pelo armamento”, explica.

Mas a também que acredita que a melhora seja sutil. Para Rodrigo Donavan de Andrade, gerente de loja, ressalta que grande parte dos fazendeiros já tem a arma e para o comércio melhora, mas não muito.

“No começo do ano quando bateu o decreto a procura triplicou, muita gente não sabia que podia ter arma. A venda nunca foi negada, mas acontece que a falta de conhecimento impedia a procura. A ampliação da posse na propriedade rural aumenta a expectativa, mas não muda muita coisa no comércio, afinal a maioria dos fazendeiros já tem a arma. Porém a gente acredita que mude alguma coisa sim”, conta.

Mais segurança

Para a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), a assinatura do PL aumenta a segurança aos produtores, funcionários e familiares.

A federação destaca que a sensação de insegurança no campo é grande, inclusive uma pesquisa da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) reafirma esta situação mostrando que dois terços dos produtores rurais já foram vítimas de crimes, 44% sendo furtos.

Destacando que a ampliação do uso de arma de fogo não muda as regras já existentes, o presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), Alessandro Coelho ressalta que a nova lei sancionada proporciona uma melhor condição de defesa do cidadão urbano e rural.

“O uso da arma de fogo foi estendido para toda a propriedade urbana ou rural e as regras são exatamente as mesmas, com a necessária preparação e conhecimento no manuseio, assim como a necessidade de certificação por pessoa credenciada se essa pessoa que irá adquirir a arma tem capacidade psicológica e condições técnica para o manuseio dessa arma! Esse novo formato vem a proporcionar uma melhor condição de defesa ao cidadão de bem, urbano e rural”, disse.