28 de março de 2024
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Justiça determina penhora de taça do Mundial de 2012 do Corinthians

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A Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira (8) a penhora da taça do Mundial de 2012 conquistado pelo Corinthians. A medida ocorreu em uma cobrança do Instituto Santanense de Ensino Superior, com quem o clube tem uma dívida de cerca de R$ 2,5 milhões.

A taça será penhorada e avaliada para saldar o débito. O troféu, no entanto, não deve ser tomado fisicamente pela Justiça. Por ora, o clube fica impedido de fazer atividades com a taça, ou até mesmo mesmo vendê-la ou tirá-la do país, pois o objeto seria colocado a leilão no futuro caso realmente a dívida não seja quitada.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, ironizou a decisão judicial. "Pelo menos, o Corinthians tem duas taças de Mundial para penhorar, né? Temos terreno, ônibus, carro, temos patrimônio. O Corinthians tem dois Mundiais e quiseram isso", afirmou em entrevista coletiva.

"Era uma faculdade que tinha no Parque São Jorge. A faculdade tem a receber, o Corinthians também tem. Estava bem adiantado o acordo, mas, infelizmente, os advogados quiseram uma nota midiática e fizeram isso com a taça do Mundial. O que tiver de pagar, vamos pagar, e vamos esperar o processo para receber a nossa parte. É uma ação midiática, os advogados devem torcer para outro time e fizeram isso. Quanto vale a taça no valor financeiro? Mas é direito deles, a Justiça existe para isso. Temos 48 horas para resolver e vamos resolver", completou.

O UOL Esporte havia noticiado na quarta-feira (7) o pedido de penhora do troféu. O Instituto Santanense havia, inicialmente, tentado penhorar a premiação do alvinegro pela classificação à final da Copa do Brasil, mas o clube antecipou o recebimento.

Oficiada para depositar o valor diretamente na conta da credora, a CBF respondeu no último dia 23 que já tinha realizado o depósito nos cofres corintianos um dia antes, em 22 de outubro. Para o Instituto Santanense, a medida configurou fraude em conluio entre Corinthians e a entidade de futebol.

A empresa argumentou que, no dia 22, antes da CBF realizar o depósito, diversos veículos de imprensa já tinham noticiado a ordem de penhora.

Além disso, apontou que, nos autos, o time alvinegro já havia dado à CBF um recibo de quitação no dia 19 de outubro, três dias antes da data na qual a entidade depositou o valor.

"É inconteste que o Executado tinha ciência do pleito formulado pelo Exequente e, assim, em conluio com a CBF buscou adiantar o recebimento do prêmio ao qual fazia jus, frustrando, assim, o cumprimento da determinação judicial de bloqueio desses valores", diz o documento acusando a fraude.

Além de exigir penhora da taça do Mundial, o Instituto Santanense pediu que o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) seja acionado para investigar possíveis irregularidades.