29 de março de 2024
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Operação Oiketikus

Fogo amigo: Azambuja luta contra abusos e trapalhadas dentro de casa

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Não são poucos os capítulos da história de tropeços que aliados e assessores vêm colocando na conta política e administrativa - e de ordem ética - de Reinaldo Azambuja (PSDB), ainda que o governador esteja isento deles ou não os tenha autorizado. O caso mais recente, o da prisão de um policial militar de sua assessoria envolvido com a máfia do contrabando de cigarros, teve vários precedentes no acervo de trapalhadas e abusos cuja gravidade ganha nova dimensão em ano eleitoral.

Em março deste ano, o vereador de primeiro mandato André Salineiro, do PSDB, não se conteve e deu vazão ao estilo que deve ter adotado em sua profissão original, a de policial federal, e em discurso na Câmara deu sua receita para uma mobilização de índios que bloquearam a BR-163 em protesto contra a falta de atendimento digno em saúde: "Tem que chegar o policiamento e, se não tiver conversa, tem que descer o cacete mesmo, tem que apanhar porque eles vão revidar e aí é hora de apanhar porque, senão não vão mudar essa atitude e todos seremos prejudicados”.

Está lá, nos anais da Câmara Municipal de Campo Grande, a solução e o perfil de um vereador que se declara pré-candidato a deputado estadual e, com certeza, é presença garantida nos palanques ao lado de Azambuja. Pode até acontecer que  não apanhem e em vez de sofrerem o "tratamento cassetete" de Salineiro os tucanos sejam muito bem recebidos nas aldeias, com abraços e agradecimentos por ações do governo. 

Assim como fez o vereador valentão de tribuna, outros artilheiros do fogo amigo que alveja governo e governador são os prefeitos tucanos que, na contramão da roupagem ética e moralizadora vestida pelo PSDB andam cometendo em seus mandatos de tudo um pouco do que é moralmente proibido. O nepotismo, por exemplo. 

As notícias da imprensa sobre esse aviltante desvio na política indicam que os casos mais constantes de empreguismo familiar no Estado são protagonizados por gestores do partido de Reinaldo Azambuja, o PSDB. Uma deplorável sinecura que, na falta de uma fiscalização efetiva e autônoma dos legislativos, levou o Ministério Publico a obrigar os empregadores a demitir esposas, irmãos, sobrinhos, cunhados e quetais abrigados pelo parentesco para usufruir da generosidade dos cofres públicos, como exemplificaram, entre outros, os prefeitos de Porto Murtinho, Derlei Delevati, e de Camapuã, Delano Huber.

FUMACEIRA - No início da semana,  a Operação Oiketikus, desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), investiu contra uma quadrilha de contrabandistas de cigarros. Na primeira wtapa, entre os alvos estavam dezenas de policiais militares que cumpriam papéis especpificos para a máfia. Um deles, o sargento PM  Ricard Campos Figueiredo era assessor lotado na Secretaria de Governo, com local de trabalho e expediente dentro da Governadoria, no mesmo prédio em que o governador despacha e cumpre seu mandato.

Logo que soube da prisão do assessor e, seguramente, determinado a impedir que o escândalo envolvendo a PM colasse em sua gestão ou até em sua imagem, Azambuja determinou a demissão do sargento. A ação do governo foi rápida. E rápida também foi a decisão do Tribunal de Justiça para acolher pedido de