23 de abril de 2024
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Deputados humilham estudantes, mas nem frio impede manifesto na UFMS

Acadêmicos protestam contra o corte de verbas na educação

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Manifestações em defesa de recursos para a educação são realizadas nas capitais e nas grandes cidades em todo o país nesta quarta-feira (15). Ontem, na Assembleia, deputados humilharam alunos que usaram a tribuna para pedir socorro aos parlamentares. 

Os protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa, isso na administração federal de Jair Bolsonaro (PSL). 

Em Campo Grande manifestantes estão acampados ao redor do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, eles falam em protestos sem prazo para acabar. Inúmeras barracas, e mais apoiadores estão engrossando o grito de manifesto contra o corte que praticamente inviabiliza a existência de cursos de psicologia, filosofia, história e muitos outros segmentos importantíssimos para a evolução social. 

Na Assembleia Legislativa em Campo Grande, a vergonha alheia atinge taxas altíssimas, no quesito "não sei o que passa o outro". Deputados, Coronel David (PSL), Zé Teixeira (DEM), ofenderam o discurso de acadêmicos que usaram a tribuna para pedir socorro aos governantes, para que olhem pelo futuro do país, no entanto os deputados retrucaram. Coronel David chegou a dizer que os alunos estão “baixando cueca e cheirando bumbum” um do outro. Discurso esse que foi defendido pelo democrata, Zé Teixeira, que disse: “Existe comunismo ideológico da esquerda dentro das universidades. Em Dourados, professoras ensinando os filhos a serem gays”, lamentavelmente declarou o representante do povo.