28 de março de 2024
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ESPORTE

Basquete Espanhol: um exemplo a ser seguido pelo Brasil

Espanha leva quarto troféu, Brasil precisa tratar esporte com profissionalismo e seguir exemplo, dizem atletas

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Colecionando títulos, a seleção espanhola de basquete levou seu quarto troféu, no Campeonato Mundial de Basquete, mesmo sem Pau Gasol, considerado o melhor jogador das história do país. O time chegou a ser elogiado pelo presidente espanhol, Pedro Sánchez, que encontrou a comissão técnica do time, enquanto essa embarcava para China. Na ocasião a Espanha levou o título de campeã europeia ocupando o lugar de maior campeã do torneio mundial. A realidade do esporte no Brasil, que foi campeão com a seleção feminina, mas desclassificado pela seleção masculina é avaliada e relacionada a maturidade da prática do esporte no país.

A seleção de basquete espanhola é considerada um verdadeiro celeiro de craques, somando resultados positivos, a equipe tem em sua prateleira, duas pratas em Olimpíadas, três títulos europeus e um campeonato mundial. O time conta com nomes que jogam na NBA, como Marc Gasol (recém- campeão com o Toronto Raptors), Ricky Rubio e Willy Hernangómez.

A reportagem da Betway Insider, falou com o ex-jogador Fernando Romay, que levou prata nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984. O craque reforçou a fala do presidente Pedro Sánchez, que disse no encontro durante o embarque. “No fundo o que se vê é uma continuidade. Um trabalho bem feito pela Federação e pelos clubes, desde as categorias de base.” Para o ex-jogador, a seleção de basquete brasileira deve seguir o mesmo caminho par alcançar nos resultados. “Vocês têm um Oscar Schmidt e uma
grande quantidade de bons jogadores, não entendo como o basquete ainda não desbancou o futebol no Brasil”.

O armador de basquete brasileiro, Ricardo Fischer, que já jogou uma temporada no clube espanhol Bilbao Basket, disse em entrevista à Betway, casa de apostas esportivas online, que na Espanha o esporte é tratado com profissionalismo e que no Brasil a realidade é outra. Ricardo joga atualmente em um clube brasileiro, o Corinthians, ele já foi campeão Pan-americano em 2015, mas diz que agora o basquete sofre para sobreviver no Brasil.

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Segundo o atleta, existe uma cultura de basquete na Espanha e lá a modalidade é tratada com profissionalismo. Ele avalia que condições internas refletem o resultado do atletas na quadra. “A bagunça que teve na federação se refletia dentro de quadra. Mas agora estamos com um planejamento muito bom feito pelo Petrovic, técnico da seleção”. Para ele, ainda existe muito a evoluir. Começando pelos clubes e as condições que os jogadores profissionais encontram para trabalhar: “Precisa melhorar estrutura de ginásio, de vestiário, de arbitragem...”

O técnico da seleção de basquete feminina do Brasil, José Neto, concordou com Pedro Fischer. Conforme Neto, o basquete brasileiro ainda está longe da estrutura e organização dos grandes centros, mas vê evolução: “Mesmo com pouco dinheiro, a Confederação Brasileira vem fazendo muitas coisas boas. Às vezes, usando até recursos próprios do presidente”.

Ainda que vivendo a difícil fase, a seleção feminina conquistou o Pan- americano de Lima. Vitória histórica na final, contra os Estados Unidos. Um título que não acontecia há 28 anos: “A gente não tinha a expectativa de ganhar a medalha de ouro, mas o que nos preparamos acabou sendo suficiente para essa competição”. Todos os entrevistas, José Neto, Eduardo Fischer acreditam que o Brasil deve dar continuidade no trabalho com o Basquete, para que conquistas como a da seleção feminina se tornem naturais ao competir com países europeus.

Fonte: Betway Insider.