18 de abril de 2024
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BALANÇO RURAL

Previsão de produção recorde de 240,9 milhões de toneladas na safra de grãos para 2020

Mato Grosso do Sul teve recuo na produção de grão em novembro, mas deve voltar a crescer 3,2% em 2020, diz IBGE

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Em novembro, a segunda estimativa para a safra 2020 aponta um recorde de 240,9 milhões de toneladas, com crescimento de 33,6 mil toneladas (0,0%) em relação a 2019, segundo pesquisa de mercado feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada nesta terça-feira (10).  

As estimativas iniciais preveem uma redução de 7,5% na produção do milho (7,5 milhões de toneladas) e um crescimento de 6,7% na produção da soja (7,6 milhões de toneladas).

Entre os cinco produtos de maior peso na safra, são esperados três recuos na produção: milho 2ª safra (-9,8%), milho 1ª safra (-0,8%) e feijão 1ª safra (-0,3%). Já as variações positivas serão: algodão (2,0%), arroz (1,0%) e soja (6,7%). Com relação à área, as variações positivas são: algodão (6,4%), soja (1,8%), milho 1ª safra (0,5%) e milho 2ª safra (0,3%). Espera-se reduções de área no feijão 1ª safra (-0,3%) e no arroz (-2,1%). 

Para a algodão herbáceo, em caroço, a pesquisa estima que em 2020 a produção circule na casa dos 7 milhões de toneladas, em relação à 2019 o crescimento previsto é de 2%. Conforme a pesquisa, às áreas plantadas do grão devem crescer em 6,4%. O maior aumento desse plantio está sendo aguardado para o Mato Grosso (2,8% ou 130,5 mil toneladas), que deve responder por 68,3% da produção, alcançando 4,8 milhões de toneladas.

Já para o arroz em casca, a estimativa para 2020 é de 10,4 milhões de toneladas, crescimento de 1,0% em relação a 2019. O rendimento médio deve crescer 3,2%, para 6.300 kg/ha. Em novembro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul reavaliaram negativamente suas produções em 14,1% e 18,3%, respectivamente, com declínios de 60.379 e 11.116 toneladas, respectivamente.  

O maior produtor de arroz do Brasil é o Rio Grande do Sul, sustentando 70,3% do total produzido. A produção gaúcha foi estimada em 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 2,2% em relação a 2019. Santa Catarina, segundo produtor nacional, estimou uma produção de 1,1 milhão de toneladas, e um rendimento médio de 7.470 kg/ha, crescimento de 0,6% em relação à safra de 2019, segundo a pesquisa.  

Outros grãos importantes como feijão e milho, estimam declínio para 2020. O feijão em 2,9 milhões de toneladas, declínio de 6,0% em relação a 2019. A 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,1 milhão de toneladas e a 3ª safra, 455,3 mil toneladas. 

Já o milho estima produção de 92,7 milhões de toneladas, declínio de 7,5% em relação à safra 2019, o que representa uma redução de 7,5 milhões de toneladas. Mantém-se a tendência de um maior volume de produção do milho em 2ª safra, devendo esta participar com 72,3% da produção nacional para 2020, contra 27,7% de participação da 1ª safra de milho.

A soja é o grão que ocupa lugar de destaque para 2020, devem ser produzidos 120,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,7% em relação a 2019. 

Dentre os maiores produtores, o Mato Grosso, que deve responder por 27,3% do total, estima colher 33,0 milhões de toneladas, crescimento de 2,2% em relação a 2019, em decorrência do aumento de 2,2% na área a ser plantada. O Paraná, segundo maior produtor e responsável por 16,4% do total nacional, estima produzir 19,8 milhões de toneladas, aumento de 22,5%, devido ao crescimento de 21,7% do rendimento médio. O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor, estimou uma produção de 19,2 milhões de toneladas, crescimento de 3,6% em relação a 2019.

Goiás, foi estimada uma produção de 11,3 milhões de toneladas, aumento de 4,9%, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 9,5 milhões de toneladas (11,1%), Minas Gerais, com 5,7 milhões (9,7%), Bahia, com 5,4 milhões (2,9%), Maranhão, com 3,2 milhões (10,8%) e Tocantins, com 2,8 milhões (7,5%). Para o Piauí, estimou-se uma produção de 2,2 milhões de toneladas, com declínio de 5,5%.

NOVEMBRO - SAFRA 2019 DEVE CRESCER 6,4% EM RELAÇÃO A 2018

Em novembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 alcançou 240,9 milhões de toneladas, novo recorde para a produção de grãos do país, 6,4% superior à obtida em 2018 (226,5 milhões de toneladas) e estável (0,0%) em relação à divulgada em outubro (mais 60,6 mil toneladas). Já a estimativa da área a ser colhida foi de 63,2 milhões de hectares, 3,7% maior que a de 2018 (mais 2,2 milhões de hectares) e 0,1% maior em relação a estimativa do mês anterior (mais 31,8 mil hectares). O recorde anterior foi da safra 2017, com 238,4 milhões de toneladas de grãos.

O arroz, o milho e a soja representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 7,0% na área do milho, de 2,6% na da soja, de 41,7% na de algodão, e queda de 9,5% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,0% para a soja e de 12,0% para o arroz, e aumento de 23,2% para o milho e de 39,8% para o algodão.

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 111,3 milhões de toneladas; Sul, 77,3 milhões de toneladas; Sudeste, 23,4 milhões de toneladas; Nordeste, 19,1 milhões de toneladas e Norte, 9,8 milhões de toneladas. Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 9,3% na Região Norte, de 10,2% na Região Centro-Oeste, de 3,7% na Região Sul, de 0,2% na Região Nordeste e de 2,3% na Região Sudeste. Em relação às unidades da federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,0%.

FONTE: Com Agência IBGE*.