Em novembro, a segunda estimativa para a safra 2020 aponta um recorde de 240,9 milhões de toneladas, com crescimento de 33,6 mil toneladas (0,0%) em relação a 2019, segundo pesquisa de mercado feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada nesta terça-feira (10).
As estimativas iniciais preveem uma redução de 7,5% na produção do milho (7,5 milhões de toneladas) e um crescimento de 6,7% na produção da soja (7,6 milhões de toneladas).
Entre os cinco produtos de maior peso na safra, são esperados três recuos na produção: milho 2ª safra (-9,8%), milho 1ª safra (-0,8%) e feijão 1ª safra (-0,3%). Já as variações positivas serão: algodão (2,0%), arroz (1,0%) e soja (6,7%). Com relação à área, as variações positivas são: algodão (6,4%), soja (1,8%), milho 1ª safra (0,5%) e milho 2ª safra (0,3%). Espera-se reduções de área no feijão 1ª safra (-0,3%) e no arroz (-2,1%).
Para a algodão herbáceo, em caroço, a pesquisa estima que em 2020 a produção circule na casa dos 7 milhões de toneladas, em relação à 2019 o crescimento previsto é de 2%. Conforme a pesquisa, às áreas plantadas do grão devem crescer em 6,4%. O maior aumento desse plantio está sendo aguardado para o Mato Grosso (2,8% ou 130,5 mil toneladas), que deve responder por 68,3% da produção, alcançando 4,8 milhões de toneladas.
Já para o arroz em casca, a estimativa para 2020 é de 10,4 milhões de toneladas, crescimento de 1,0% em relação a 2019. O rendimento médio deve crescer 3,2%, para 6.300 kg/ha. Em novembro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul reavaliaram negativamente suas produções em 14,1% e 18,3%, respectivamente, com declínios de 60.379 e 11.116 toneladas, respectivamente.
O maior produtor de arroz do Brasil é o Rio Grande do Sul, sustentando 70,3% do total produzido. A produção gaúcha foi estimada em 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 2,2% em relação a 2019. Santa Catarina, segundo produtor nacional, estimou uma produção de 1,1 milhão de toneladas, e um rendimento médio de 7.470 kg/ha, crescimento de 0,6% em relação à safra de 2019, segundo a pesquisa.
Outros grãos importantes como feijão e milho, estimam declínio para 2020. O feijão em 2,9 milhões de toneladas, declínio de 6,0% em relação a 2019. A 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,1 milhão de toneladas e a 3ª safra, 455,3 mil toneladas.
Já o milho estima produção de 92,7 milhões de toneladas, declínio de 7,5% em relação à safra 2019, o que representa uma redução de 7,5 milhões de toneladas. Mantém-se a tendência de um maior volume de produção do milho em 2ª safra, devendo esta participar com 72,3% da produção nacional para 2020, contra 27,7% de participação da 1ª safra de milho.
A soja é o grão que ocupa lugar de destaque para 2020, devem ser produzidos 120,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,7% em relação a 2019.
Dentre os maiores produtores, o Mato Grosso, que deve responder por 27,3% do total, estima colher 33,0 milhões de toneladas, crescimento de 2,2% em relação a 2019, em decorrência do aumento de 2,2% na área a ser plantada. O Paraná, segundo maior produtor e responsável por 16,4% do total nacional, estima produzir 19,8 milhões de toneladas, aumento de 22,5%, devido ao crescimento de 21,7% do rendimento médio. O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor, estimou uma produção de 19,2 milhões de toneladas, crescimento de 3,6% em relação a 2019.
Goiás, foi estimada uma produção de 11,3 milhões de toneladas, aumento de 4,9%, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 9,5 milhões de toneladas (11,1%), Minas Gerais, com 5,7 milhões (9,7%), Bahia, com 5,4 milhões (2,9%), Maranhão, com 3,2 milhões (10,8%) e Tocantins, com 2,8 milhões (7,5%). Para o Piauí, estimou-se uma produção de 2,2 milhões de toneladas, com declínio de 5,5%.
NOVEMBRO - SAFRA 2019 DEVE CRESCER 6,4% EM RELAÇÃO A 2018
Em novembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 alcançou 240,9 milhões de toneladas, novo recorde para a produção de grãos do país, 6,4% superior à obtida em 2018 (226,5 milhões de toneladas) e estável (0,0%) em relação à divulgada em outubro (mais 60,6 mil toneladas). Já a estimativa da área a ser colhida foi de 63,2 milhões de hectares, 3,7% maior que a de 2018 (mais 2,2 milhões de hectares) e 0,1% maior em relação a estimativa do mês anterior (mais 31,8 mil hectares). O recorde anterior foi da safra 2017, com 238,4 milhões de toneladas de grãos.
O arroz, o milho e a soja representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 7,0% na área do milho, de 2,6% na da soja, de 41,7% na de algodão, e queda de 9,5% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,0% para a soja e de 12,0% para o arroz, e aumento de 23,2% para o milho e de 39,8% para o algodão.
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 111,3 milhões de toneladas; Sul, 77,3 milhões de toneladas; Sudeste, 23,4 milhões de toneladas; Nordeste, 19,1 milhões de toneladas e Norte, 9,8 milhões de toneladas. Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 9,3% na Região Norte, de 10,2% na Região Centro-Oeste, de 3,7% na Região Sul, de 0,2% na Região Nordeste e de 2,3% na Região Sudeste. Em relação às unidades da federação, Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,0%.
FONTE: Com Agência IBGE*.