18 de abril de 2024
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ECONOMIA

Fracassado "megaleilão" do pré-sal no Brasil é arrematado pela própria Petrobras

Receita é de R$ 69,8 bi, abaixo dos R$ 100 bi projetados; empresas privadas não deram lances

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O esperado leilão de blocos de exploração de petróleo do pré-sal no Brasil, feito nesta manhã (6), pode ser considerado um fracasso. Para o mercado, o leilão seria uma mostra do “apetite” dos investidores no Brasil o que não apontou interesse dos poderosos, não no petróleo.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o governo esperava arrecadar 106,5 bilhões de reais, mas arrecadou 69,9 bilhões, ou seja 65,63% do esperado. Com grande aporte da própria Petrobras, sem investimento expressivo do capital externo. Um “pedacinho” veio dos chineses, que arremataram junto com a Petrobras o primeiro e maior bloco de exploração ofertado, o de Búzios, por 68,194 bilhões.

Sozinha a Petrobras pegou também o lote de Itaipu, por míseros R$ 1,766 bilhão. Já outros blocos não tiveram lances. 

Sem concorrência expressiva, a Petrobras ficou praticamente sozinha no leilão, não fosse a pequena participação dos chineses, com quem a Petrobras formou um consórcio com participação de 90% para levar o bloco de Búzios, o maior do leilão. As estatais chinesas CNODC e CNOOC tiveram participação de 5% cada uma no consórcio.

Em entrevista após o leilão, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse estar feliz com o resultado e minimizou a queda das ações, afirmando que a empresa tem condições de realizar o investimento sem aumentar sua dívida.

Localizada na Bacia de Santos, Búzios é considerada a maior descoberta brasileira de petróleo, com reservas que podem chegar a 13 bilhões de barris, quase o mesmo volume que o Brasil tem hoje em reservas provadas.

Resoluções estagnadas no Supremo Tribunal Federal, tais como a libertação do ex-presidente Lula da Silva; envolvimento do nome da família presidencial à casos do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro; os números da economia mostrando uma reação ainda tímida, “Pibinho” que não passará de 1% em 2019. Mesmo com todas as medidas aprovadas, que vão da reforma trabalhista, ainda na gestão de Michel Temer, à reforma da previdência, aprovada agora na era bolsonarista, não tiveram grande reação à economia mundial. 

As manobras são tantas na política brasileira, que até mesmo uma simples citação, abertura do capital da Petrobrás, tudo gerou o fracasso do “megaleilão”. 

O general Heleno deu uma declaração sobre Guedes, se referindo à reforma da previdência, que ele é um grande vendedor, capaz de vender de tudo. A julgar pelo leilão do petróleo parece não ser bem assim. A conferir a evolução dos números durante o decorrer do dia para ver como o mercado absorveu o resultado do megaleilão, que murchou um pouco.